O que é racismo estrutural? Ainda hoje existe? Somos todos racistas?

Leia mais
Apesar de termos caminhado para algum tipo de reparação histórica com a implantação dessa lei e a implantação de ações afirmativas, o país nunca chegou a ser o paraíso racial que prometia ser.
Em 1933, quando o escritor pernambucano publica a obra "Casa Grande & Senzala", a ideia de que negros e brancos conviviam harmonicamente começa a se espalhar pela sociedade brasileira -- e muito por causa do que o autor julgava ser uma grande "intimidade" entre seres das duas raças, o que, na realidade, tratava-se da relação de poder entre entre o branco dono de escravizados e de negras escravizadas, ou seja, entre proprietário e propriedade.
A concepção de Freyre de equidade entre as raças nunca se provou real, foi apenas uma espécie de máscara para encobrir as violências do racismo cotidiano enquanto pregamos que todos somos iguais.
Leia mais
Em 1933, quando o escritor pernambucano publica a obra "Casa Grande & Senzala", a ideia de que negros e brancos conviviam harmonicamente começa a se espalhar pela sociedade brasileira -- e muito por causa do que o autor julgava ser uma grande "intimidade" entre seres das duas raças, o que, na realidade, tratava-se da relação de poder entre entre o branco dono de escravizados e de negras escravizadas, ou seja, entre proprietário e propriedade.
A concepção de Freyre de equidade entre as raças nunca se provou real, foi apenas uma espécie de máscara para encobrir as violências do racismo cotidiano enquanto pregamos que todos somos iguais.
Leia mais
Primeiro, é urgente que pessoas brancas reflitam, identifiquem e reconheçam seus privilégios. Não é uma tarefa fácil. Um bom começo é olhar para a própria história e perceber em que situações um branco levou a melhor. Alguns exemplos:
Durante a disputa por uma vaga de emprego em que as duas pessoas tinham qualificações muito semelhantes, mas o negro foi dispensado.
Em um momento de lazer como um jantar em um restaurante em que pessoas brancas são servidas pelas negras.
Uma outra atitude é deixar de usar palavras e termos que tiveram origem na discriminação entre brancos e negros: "mulato", "dia de branco", "a coisa está preta", entre outras. Por mais que, conscientemente, elas sejam usadas sem uma intenção racista, o fato de ainda estarem em uso mostra o quanto o problema está arraigado em nossos costumes.
Ao mesmo tempo é necessário deixar de procurar pessoas negras exclusivamente para tratar de assuntos raciais. É verdade que, ainda hoje, pessoas negras em posições de destaque na sociedade são minoria, mas há médicos, advogados, escritores, físicos, engenheiros e intelectuais negros. Eles precisam ser lembrados e consultados como especialistas para abordar diferentes temas pertinentes à vida contemporânea.
Como se vê, existem medidas para serem tomadas em todas as escalas da sociedade: desde essas atitudes cotidianas, até políticas públicas que ampliem a presença de negros e indígenas em todas as esferas da sociedade. A lei de cotas é um bom exemplo disso.
"Sobre o autoritarismo brasileiro", Lilia Moritz Schwarcz, Companhia das Letras
"Nem Preto Nem Branco, Muito Pelo Contrário: Cor e Raça na Sociabilidade Brasileira", Lilia Moritz Schwarcz, Companhia das Letras
"Quem tem medo do feminismo negro?", Djamila Ribeiro, Companhia das Letras
"Dialética Radical do Brasil Negro", Clóvis Moura, Editora Anita Garibaldi
"Autobiografia de Malcolm X", Alex Haley e Malcolm X, Companhia das Letras Leia mais
Durante a disputa por uma vaga de emprego em que as duas pessoas tinham qualificações muito semelhantes, mas o negro foi dispensado.
Em um momento de lazer como um jantar em um restaurante em que pessoas brancas são servidas pelas negras.
Uma outra atitude é deixar de usar palavras e termos que tiveram origem na discriminação entre brancos e negros: "mulato", "dia de branco", "a coisa está preta", entre outras. Por mais que, conscientemente, elas sejam usadas sem uma intenção racista, o fato de ainda estarem em uso mostra o quanto o problema está arraigado em nossos costumes.
Ao mesmo tempo é necessário deixar de procurar pessoas negras exclusivamente para tratar de assuntos raciais. É verdade que, ainda hoje, pessoas negras em posições de destaque na sociedade são minoria, mas há médicos, advogados, escritores, físicos, engenheiros e intelectuais negros. Eles precisam ser lembrados e consultados como especialistas para abordar diferentes temas pertinentes à vida contemporânea.
Como se vê, existem medidas para serem tomadas em todas as escalas da sociedade: desde essas atitudes cotidianas, até políticas públicas que ampliem a presença de negros e indígenas em todas as esferas da sociedade. A lei de cotas é um bom exemplo disso.
"Sobre o autoritarismo brasileiro", Lilia Moritz Schwarcz, Companhia das Letras
"Nem Preto Nem Branco, Muito Pelo Contrário: Cor e Raça na Sociabilidade Brasileira", Lilia Moritz Schwarcz, Companhia das Letras
"Quem tem medo do feminismo negro?", Djamila Ribeiro, Companhia das Letras
"Dialética Radical do Brasil Negro", Clóvis Moura, Editora Anita Garibaldi
"Autobiografia de Malcolm X", Alex Haley e Malcolm X, Companhia das Letras Leia mais
var Collection = {
"path" : "commons.uol.com.br/monaco/export/api.uol.com.br/collection/ecoa/destretando/data.json",
"channel" : "na-pratica",
"central" : "ecoa",
"titulo" : "Destretando",
"search" : {"tags":"79740"}
};