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Olhar Olímpico

REPORTAGEM

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Da rifa à costelada, atletas dão seus pulos para ir à Olimpíada alternativa

Seleção feminina de flag que vai ao World Games - Reprodução
Seleção feminina de flag que vai ao World Games Imagem: Reprodução

08/07/2022 04h00

Tão concorrido quanto uma medalha olímpica é o direito de um esporte poder se dizer olímpico. Skate, surfe e escalada conseguiram entrar neste seleto grupo recentemente, enquanto outras dezenas, senão centenas de modalidades aguardam na fila. Enquanto não convencem o Comitê Olímpico Internacional (COI), 34 desses esportes e/ou modalidades mostram serviço, desde ontem (7), no World Games, em Birmingham, principal cidade do Alabama, nos Estados Unidos.

O Brasil participa com cerca de 80 atletas, mas qualquer conta só pode ser feita na unha. Porque, se no movimento olímpico cabe ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) levar a delegação brasileira para eventos como as Olimpíadas, o Pan ou os Jogos Sul-Americanos, no World Games é praticamente cada um por si.

Não há uma delegação unificada que represente o Brasil, mas diversos atletas, de diferentes modalidades, que, com variados níveis de apoio de suas confederações, estão chegando a Birmingham, onde são alojados pela organização ao custo de US$ 120 por dia. E, com a agem de ida e volta mais barata até Atlanta cotada na casa de R$ 8 mil, esses atletas tiveram de dar seus pulos para conseguirem participar do eventos que, para eles, tem o peso de uma Olimpíada.

Luciana Watanabe, medalhista de prata nas últimas duas edições do torneio no sumô, vendeu cerca de 1,5 mil números de rifas, cada um a R$ 10. "Quando iniciei a campanha, queria vender pelo menos 50% dos 5 mil números da rifa, pois pagaria meu aporte, visto americano, agem, dias de aclimatação que estamos fazendo, com diárias e alimentação por nossa conta", diz ela, que também contabiliza custos de preparação. O sorteio é pela Loteria Federal e o vencedor da rifa vai ganhar uma bicicleta, que ela mesma ainda vai comprar.

Por lei, as confederações de esportes olímpicos e paralímpicos têm direito a um percentual dos recursos arrecadados pela Loterias Federais e que é reado a elas pelo COB e pelo B. Mas modalidades fora desse grupo não têm o ao dinheiro público, exceto em caso de ree voluntário de governos, seja federal, estadual ou municipal.

Medalhistas em campeonatos mundiais nessas modalidades não-olímpicas até deveriam ter direito a Bolsa Atleta, já que a lei prevê que 15% dos recursos do programa sejam destinados a esses esportistas, mas, desde 2017, nenhum edital é lançado. O apoio caiu no esquecimento e, por isso, enorme parte da delegação brasileira no World Games é composta por atletas que não têm nenhum ganho financeiro ligado ao esporte.

Para viajar, só contando com "paitrocínio", ou ajuda externa. A seleção de punhobol (fistball em inglês), uma espécie de vôlei na grama, jogado principalmente pela colônia alemã do sul do país, apelou para uma costelada, realizada em maio. Como o dinheiro não deu, no fim do mês, depois da competição, as jogadoras do Duque de Caxias, de Curitiba, atual heptacampeão mundial, vão vender cachorro quente na festa junina do clube.

Também candidata a medalha, a equipe feminina de flag football (uma versão do futebol americano com menos contato) manteve um projeto iniciado no ano ado de "adote em um atleta", para pessoas físicas, recebeu patrocínio de empresas, mas também apostou em festa junina —realizada em Itapecerica da Serra (SP)— com toda verba arrecadada usada para transporte local e hospedagem. Cada atleta teve de se virar, com rifas, sorteios, e dinheiro próprio, para pagar as agens

Atleta da patinação artística, Thiago Tortato fez de tudo um pouco. Promoveu vaquinha virtual, organizou pizzada com bingo, e até montou barraquinha em uma festa do clube para vender comida e tentar juntar o dinheiro da viagem. Mesmo assim, precisou tirar verba do bolso.

"[Ter apoio público,] além de incentivar e dar ânimo aos atletas, também faria com que esses esportes crescessem dentro do nosso país, trazendo mais pessoas para fazer. O esporte, além de ajudar muito para o crescimento e desenvolvimento como ser humano, ajuda a forjar o caráter, também pode ser uma válvula de escape para melhorar a pessoa psicologicamente e mentalmente. Sem contar que ajuda na saúde fisiológica", opina ele.

No chapéu do COB

Parte dos atletas, porém, conta com o respaldo do COB. É que alguns esportes, como triatlo, handebol, tiro com arco e ginástica, cujas confederações recebem verbas públicas, levam ao World Games modalidades que não estão no programa olímpico, como o duatlo (corrida e ciclismo), o handebol de praia, e a ginástica acrobática.

Como ainda não estreou no programa olímpico, o breaking faz parte do World Games e o Brasil será representado por Luan San, um dos candidatos a defender o país em Paris-2024. Por ser um teste para a Olimpíada, a viagem está sendo paga pelo COB.

Também recebem o apoio do comitê algumas modalidades que fazem parte do programa dos Jogos Pan-Americanos, dentro da lógica que, para elas, o World Games é um estágio importante do ciclo. Se encaixam neste perfil o squash, o boliche, a patinação, o caratê e o esqui aquático, ainda que nem todos recebam apoio.

Henrique 'Ganso' Daibert, representante do Brasil no esqui aquático, teve ajuda de um patrocinador, mas pagou boa parte da viagem com recursos próprios. "Se minha mãe não tivesse condição de me ajudar, eu não iria", diz ele. "Acho que para competições desse nível, poderia ter uma organização maior e um incentivo maior. Criar um grupo com os atletas brasileiros que estão indo, ar mais informações e, talvez, financiar a viagem ou pelo menos alguma ajuda nos custos", diz.