Tuitada de dirigente motiva ação de André Cury contra o Cruzeiro na Justiça
A advogada do empresário André Cury acionou o Cruzeiro na Justiça por dívidas não pagas pela Raposa a um dos agentes mais influentes no mercado da bola.
O megaempresário, por meio de sua assessoria jurídica, tenta garantir o recebimento desses pagamentos após tomar conhecimento de que o clube celeste pode receber R$ 4,3 milhões, bloqueados em ação judicial do clube em desfavor do empresário Cristiano Richard, indiciado pela Polícia Civil mineira por contratos suspeitos com a Raposa na gestão Wagner Pires de Sá.
A ação movida pelos advogados de André Cury corre na 13ª Vara Cível de Belo Horizonte e foi motivada por declaração de um dirigente celeste. Léo Portela, superintendente de relações institucionais e governamentais da Raposa, também deputado estadual por Minas Gerais, anunciou em seu Twitter, em 4 de setembro, que o Cruzeiro havia conseguido bloquear quase R$ 5 milhões de Richard.
E foi isso que fez a defesa de Cury entrar com um pedido de tutela provisória de urgência para garantir a quitação das pendências do time mineiro com o agente.
O valor estipulado da causa, segundo consta no documento que aguarda vistas do juiz, é de R$ 50 mil. Porém, a dívida do Cruzeiro é muito maior.
É que a empresa Link Assessoria Esportiva e Propaganda Ltda, de propriedade de André Cury, recorreu à Justiça para receber, dentre outras ações que correm nos Tribunais, mais R$ 1,8 milhão do Cruzeiro referente à venda do volante argentino Lucas Romero ao Independiente-ARG.
O negócio ocorreu em agosto de 2019, e a defesa de Cury se baseou em reportagens da época para pedir 10% de comissão pela venda, noticiada no valor de R$ 18 milhões.
Em contato com o UOL, o Cruzeiro reiterou que mantém diálogo com o staff do empresário André Cury e reconhece que tem dívidas com o agente.
"A respeito das dívidas cobradas por André Cury na Justiça, o Cruzeiro as reconhece e tem mantido diálogo aberto com o empresário. A relação entre as partes é pautada pelo profissionalismo, sempre na busca para que a resolução desta e de outras pendências com outros credores ocorram da melhor maneira possível", disse.
Sobre as publicações do superintendente Léo Portela, usadas como motivo da advogada de Cury para mais um bloqueio judicial, o clube entende o conteúdo como "natural".
"O Cruzeiro trata como naturais os conteúdos publicados pelo deputado Léo Portela em suas redes sociais, entendendo também que conteúdos que não tenham ligação direta com a superintendência a qual ele está relacionado são de foro e opinião pessoais, não condizendo em alguns momentos com o posicionamento do clube. Este entendimento vale tanto para o Léo quanto para os demais superintendentes e/ou diretores que fazem parte da equipe de gestão", explicou em nota ao UOL.
A reportagem tentou contato com o staff jurídico de André Cury, mas a advogada não respondeu aos contatos.
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