São Paulo vence Everton em casa com reservas e mantém 100% na Sul-Americana

Novamente utilizando reservas, o São Paulo alcançou mais uma vitória na Copa Sul-Americana. Na noite de hoje (14), o Tricolor bateu o Everton-CHI por 2 a 0, com gols de Arboleda e Talles Costa. O resultado confirmou a liderança são-paulina do Grupo D, com seis pontos.

Foi um jogo morno no Morumbi. A falta de entrosamento da equipe alternativa deu o tom do ritmo da partida. O Tricolor apresentou dificuldades diante do rival bem fechado, mas levou perigo nas bolas aéreas — foi desta forma que chegou aos gols.

O São Paulo entra novamente em campo no domingo (17), diante do Flamengo, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro. A equipe jogará novamente pela Sul-Americana apenas no dia 28, quando visitará o Jorge Wilstermann-BOL.

Quem foi bem: Arboleda

Sem grande preocupação defensiva, uma vez que o Everton pouco atacava, Arboleda se destacou ofensivamente. O zagueiro equatoriano foi responsável pelas duas cabeceadas perigosas no primeiro tempo. Uma delas serviu para fazer o gol da vitória são-paulina

Quem foi mal: Jonas Toró

Em seu primeiro jogo como titular na temporada, Jonas Toró pouco conseguiu se sobressair diante do adversário recuado. O atacante tentou poucas jogadas de velocidade e praticamente não criou jogadas para os companheiros de ataque. Por vezes, a transmissão da partida mostrou Rogério Ceni tentando corrigir o posicionamento de Toró.

São Paulo cria pouco contra adversário fechado

O São Paulo ficou com a bola durante boa parte do tempo. Mas com a proposta do Everton de se fechar no Morumbi, a equipe de Rogério Ceni mostrou dificuldades para furar a retranca, algo que acontecia frequentemente nas primeiras rodadas do Paulistão. A falta de entrosamento do time, quase todo reserva, e a pouca mobilidade pelos lados fazia com que o Everton conseguisse neutralizar as jogadas são-paulinas pelo chão.

A solução foi a bola aérea, que se mostrou eficaz com Arboleda e Talles Costa, autores dos dois gols da partida. Afora isso, no entanto, pouca produção ofensiva. O goleiro Fernando de Paul não precisou fazer nenhuma grande defesa.

Defensivo, Everton pouco incomodou

A equipe chilena foi ao Morumbi com a proposta defensiva bem definida. O esquema contou com três zagueiros e também três volantes, povoando bastante o meio campo e oferecendo dificuldades a criação de jogadas do São Paulo. Nas poucas vezes que foi ao ataque, finalizou de média distância ou contou com a insegurança de Volpi para levar perigo.

Sem goleiro reserva

Um imprevisto fez com que o São Paulo não contasse com um goleiro como opções no banco de reservas. Escalado inicialmente como titular, Jandrei teve uma indisposição estomacal e foi cortado no vestiário. Tiago Volpi foi escalado como titular.

Pelo regulamento do torneio, a lista de relacionados precisa ser enviada 90 minutos antes do jogo e não pode sofrer alterações depois desse período. Por causa disso, não deu para o São Paulo incluir Thiago Couto entre os jogadores que ficariam no banco de reservas.

São Paulo tenta três vezes e fura a retranca

O São Paulo teve dificuldades de ar pela retranca criada pelo Everton. Com o sistema de três zagueiros, o time chileno apertou a marcação e deu pouco espaço para jogadas individuais. Os donos da casa conseguiram incomodar apenas nas faltas laterais, concedidas algumas vezes pelo faltoso visitante.

Na primeira, Reinaldo cruzou da esquerda e Arboleda cabeceou para fora. Minutos depois, um novo lançamento ou por todo mundo dentro da área e saiu em tiro de meta. Mas, aos 30 minutos da primeira etapa, a história mudou. Reinaldo cruzou mais uma vez, a zaga do Everton não conseguiu afastar e Arboleda mandou para o fundo das redes.

Foi o segundo gol do zagueiro equatoriano na Copa Sul-Americana — ele já havia marcado contra o Ayacucho, na estreia. A bola na rede veio em um dia especial para o zagueiro equatoriano, que completou 200 jogos com a camisa do São Paulo.

Tricolor controla o jogo, mas Everton assusta

Com a vantagem no placar, os donos da casa se acomodaram um pouco na partida. Além disso, a equipe teve dificuldades na criação de jogadas no ataque. O Everton assustou em duas oportunidades. Na primeira, finalização de Cuevas obrigou Volpi a fazer boa defesa e jogar para escanteio.

Pouco depois, o goleiro são-paulino falhou ao tentar proteger uma bola que ia se perder na linha de fundo. Di Yorio desarmou o goleiro e bateu rasteiro na direção do gol e só empatou porque Arboleda estava na linha da meta e evitou o pior.

No mesmo ritmo

O início do segundo tempo foi parecido com o primeiro. O Everton seguia fechado e apostando nos lançamentos longos para oferecer algum perigo ao São Paulo, apostando na individualidade do atacante Di Yorio.

Já o tricolor paulista seguiu com a criação de jogadas desacertada. A entrada de Patrick e Rigoni pouco mudou o panorama geral, que foi a lentidão no campo de ataque no setor ofensivo sem criatividade.

Tricolor melhora com mudanças

O desenvolver da segunda etapa foi bem morno. O São Paulo fez alterações e colocou peças como Calleri, e mesmo que tenha tido dificuldades contra a retranca chilena, se apresentou um pouco melhor. Patrick cresceu na partida, Arboleda seguiu bem e Gabriel Sara também qualificou o e são-paulino.

São Paulo fecha placar novamente na bola parada

A necessidade de buscar o empate fez com que o Everton saísse para o jogo no Morumbi. Ainda assim, a marcação chilena impediu que jogadas por baixo fossem construídas pelo São Paulo, que seguiu apostando na bola parada em direção à área. Foi dessa maneira que o time de Rogério Ceni chegou ao segundo gol.

Aos 41 minutos do segundo tempo, Rigoni cobrou escanteio, Arboleda desviou e Patrick furou na tentativa de finalização. A bola sobrou para Talles Costa, que marcou seu primeiro gol como profissional.

Bom público

A vitória do São Paulo foi vista por 30.307 torcedores no Morumbi. A renda da partida foi de R$ 878.265,00.

FICHA TÉCNICA:

EVERTON: De Paul; Campos (Medina), Barroso, Oyarzún, Ibacache; Adrian Sánchez, Berríos, Madrid (Matías Campos), Echeverría; Cuevas, Di Yorio. Técnico: Francisco Meneghini