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'Raiva dessa p. de Corinthians': Fala de Felipão vazou e inflamou Dérbi

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/04/2023 04h00

"Raiva dessa porra de Corinthians". Foi assim que Felipão definiu o espírito que seus jogadores deveriam ter para o segundo jogo da semifinal da Copa Libertadores do ano 2000. O UOL conta essa história no documentário "Inimigos Íntimos", disponível no UOL Play.

Nos vestiários, frases do tipo são normais. Por alguma razão, porém, especificamente a conversa que precedeu aquele que muitos consideram o maior Palmeiras x Corinthians da história foi ouvida e captada por todos os jornalistas presentes à Academia de Futebol.

"Lembro que tivemos o o liberado para estar exatamente sentados em um banco bem na janela do vestiário. Ainda acho que foi proposital. Felipão sempre foi um técnico inteligente e diferenciado. Sabia trabalhar e incentivar os jogadores", disse ao UOL a ex-repórter da TV Globo Luciana DeMichelli, cuja reportagem daquele dia foi a grande responsável pela amplificação da mensagem de Scolari.

Assessor de Imprensa de Felipão há 26 anos, o jornalista Acaz Fellegger nega que o vazamento tenha sido uma estratégia do treinador.

"Eu trabalhava para a Parmalat, e a empresa anunciou que não iria renovar o contrato de cogestão com o Palmeiras no fim do ano. Por causa disso, o Mustafá (Contursi, então presidente do clube), de cara proibiu minha entrada no CT", conta ele.

"Como eu não estava lá, e os seguranças se atrasaram um pouco para chegar, não tinha ninguém para fazer o papel de controlar os os dos jornalistas. Esse vazamento foi culpa do Mustafá", afirma o profissional.

'Onde está a malandragem?'

Felipão estava nervoso com seu time. Após estar perdendo por 3 a 1 na primeira perna do duelo, o Verdão conseguiu o empate. Mas, no último minuto da partida, o time cedeu o quarto gol ao Corinthians.

Além da raiva pelo adversário e pela derrota, na conversa um dia após o a derrota por 4 a 3, Felipão tinha um alvo principal no lado alvinegro: o atacante Edilson.

Onde está a malandragem de vocês? Não aprendeu nada na vida? Tu sabe que ele é malandro, esperto e tal, mas é covarde, cuzão, cafajeste. Eu tenho um time já rodado, experiente, mas que, na hora do bem bom, não sabe dar um pontapé? Não sabe dar um cascudo, não sabe irritar o cara? Na bola que tem que dividir, vai dividir bem. Mas tu não vai procurar para dar uma porrada"

Scolari, sobre o camisa 10 do Timão.

Vocês hoje iam ser os heróis do Brasil todo. Sair de um 3 a 1 para um 3 a 3? Nossa Senhora, eles iam estar arrasados. Eu quero ver é vocês não falarem, mas sentir raiva do jogo de terça e comer a orelha do cara. Tristeza por ter perdido, por ter cometido erros. Mas vocês têm que ter na cabeça isso tudo que eu estou falando para vocês. Raiva dessa porra de Corinthians"

Lembranças do vestiário

"Eu e o cinegrafista Ari Junior fizemos nosso trabalho, assim como toda a imprensa escrita que estava lá no dia. Inclusive, o microfone que aparece na janela do vestiário não era da Globo e sim de uma rádio local, se não me falha a memória. Nós só ligamos o microfone da câmera", relembra Luciana DeMichelli.

Os jogadores entrevistados por Luciana no dia trataram a conversa como normal. O próprio Felipão deu entrevistas no dia dizendo que não tinha críticas ao comportamento de Edilson. Ao contrário, disse que o considerava inteligente.

"Tudo foi dito no calor das emoções antes de um clássico Palmeiras x Corinthians. Depois de toda repercussão, claro, Felipão ganhou mais uma", disse Luciana.

No segundo jogo, após um 3 a 2 para o Palmeiras no tempo normal, Marcos pegou o pênalti cobrado por Marcelinho Carioca na disputa e levou o Palmeiras à sua segunda final consecutiva de Libertadores.

Não houve retaliação

Atualmente morando em Portugal, Luciana relembra com alegria sua época de repórter esportiva, quando fazer a cobertura dos clubes era "fácil e prazeroso".

Cobrir esporte era muito divertido. Os repórteres tinham o fácil aos jogadores, dirigentes e torcedores. O trabalho era feito de maneira leve e cordial. Todo mundo se ajudava muito. Até podíamos entrar no gramado para entrevistar os jogadores. Acompanhávamos os treinos de perto"

Para efeito de comparação, atualmente, a entrada de jornalistas no CT do Palmeiras é proibida durante os treinos. Em mais de dois anos desde sua chegada ao clube, Abel Ferreira jamais permitiu aos jornalistas assistir in loco a um minuto sequer de um treino seu.

O início dos anos 2000, aliás, marcou a transição do trabalho de assessoria de imprensa para um modelo europeu, com restrição de o aos jogadores, criação de zonas mistas de entrevista e determinação por parte do clube de quem pode conversar com a imprensa.

"[Aos poucos], as coisas ficaram mais restritas à imprensa. Nada que tenha prejudicado o trabalho na época. Quando aconteceu a grande mudança mesmo, eu já não estava mais no esporte em São Paulo", diz Luciana.

Segundo a repórter, a captação sorrateira da conversa de Felipão com os atletas não lhe trouxe problemas.

Jamais houve retaliação. Nem da Globo, nem do Palmeiras. Sempre respeitaram meu trabalho como repórter. Sai do esporte quase quatro anos depois [do episódio]. Não teve relação alguma. Em 2003, me casei, pedi demissão no Brasil, fui morar nos Estados Unidos e trabalhar na Globo Internacional"

Sangue italiano

Depois de 16 anos morando nos EUA, Luciana, seu marido César Augusto, também repórter na Globo Internacional, e seus filhos se mudaram para a Europa. Hoje, a família vive em Portugal.

Foram mais de 20 anos como repórter até que, há dois anos, Luciana realizou seu sonho de infância: uma casa de chocolates.

"Ainda adoro esporte, mas hoje sou torcedora dos meus filhos Arthur e Cora. Ele é atleta da seleção portuguesa sub-16 de basquete. E ela, campeã nacional de escalada", revela.

Da época de setorista no Palmeiras, além das boas lembranças e de uma das mais marcantes reportagens do jornalismo esportivo moderno, ficou um sentimento que antecedeu sua escolha profissional e que ela ainda carrega. "O Palmeiras segue no sangue italiano como o meu time do coração".

Inimigos Íntimos

O que: documentário sobre a rivalidade entre Corinthians e Palmeiras na virada do século XXI

Estreia: 24 de abril

Onde assistir: exclusivo para s UOL Play (https://play.uol.com.br/)