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Coronavírus: por que me sinto mais segura no Vietnã do que no Brasil

Vendedores utilizam máscaras para circularem por Hanoi, no Vietnã - Getty Images
Vendedores utilizam máscaras para circularem por Hanoi, no Vietnã
Imagem: Getty Images

Larissa Coldibeli

Colaboração para Nossa

27/03/2020 04h00

Apesar de fazer fronteira com a China e de ser um destino que atrai turistas do mundo todo - foram 18 milhões de estrangeiros em 2019 -, o Vietnã não contabiliza oficialmente nenhuma morte por coronavírus até agora. Desde 23 de janeiro, quando o primeiro caso foi confirmado no país, 141 pessoas foram diagnosticadas e, atualmente, 134 seguem em tratamento, segundo o Ministério da Saúde.

O país comunista ainda sofre com censura da imprensa e de outros meios de comunicação, o que põe em xeque a confiabilidade das informações e alguns expatriados suspeitam dos números. A população local, por sua vez, nem opina, pois é proibido falar de política, muito menos criticar o Partido Comunista.

Ainda assim, mesmo sob dúvida quanto aos números, a Embaixada do Brasil em Hanói afirma que o governo local está fazendo um trabalho sério, indo atrás dos casos suspeitos, aplicando testes e atualizando os dados constantemente.

Isolamento imediato

No dia seguinte ao registro do primeiro paciente, proveniente da China, o governo do Vietnã suspendeu as viagens entres os dois países. A partir de então, uma série de medidas foram adotadas para conter o avanço do coronavírus no território, como suspensão das aulas e fechamento dos principais pontos turísticos.

No dia 22 de março, o número de novos casos bateu recorde (19 em um só dia), sendo a maioria de pessoas que vieram de outros países, o que levou ao cancelamento da emissão de vistos para estrangeiros. Antes disso, os ageiros provenientes de lugares com alto número de infectados eram mantidos em quarentena. Quartéis militares, hotéis, universidades e outras instalações foram adaptadas para este fim.

A ameaça vem de fora

Turistas ainda circulam pelas cidades vietnamitas, com comércio não-essencial fechado - Getty Images - Getty Images
Turistas ainda circulam pelas cidades vietnamitas, com comércio não-essencial fechado
Imagem: Getty Images

Agora, os poucos estrangeiros que sobraram no país (inclusive eu) são vistos com receio pelos vietnamitas. As interações são distantes. A maioria dos hotéis, restaurantes e lojas para turistas estão fechados - por falta de movimento e por recomendação oficial.

Os locais já tinham o hábito de usar máscara, mas agora ela é obrigatória. Supermercados e outros estabelecimentos medem a temperatura das pessoas na entrada e distribuem álcool em gel para higienização das mãos. O governo pede que as pessoas atualizem seu estado de saúde em um aplicativo. A principal orientação é suspender cultos para evitar aglomerações. Há monitoramento e controle.

O site do Ministério da Saúde mantém dados atualizados, como o número de testes realizados (mais de 30 mil) e de pessoas mantidas em quarentena (quase 45 mil). A página deixa claro qual é o posicionamento para lidar com a pandemia: "desenhe o pior cenário para desenvolver o melhor plano".

Vida normal x cidades-fantasma

Os casos de contaminação estão concentrados nas duas maiores cidades do Vietnã: a capital Hanói e Ho Chi Minh, que determinaram o fechamento de bares, restaurantes com mais de 30 lugares, academias e salões de beleza. Em outras regiões, a vida segue relativamente normal. A exceção são os locais turísticos, que parecem cidades-fantasma sem o vai e vem dos viajantes.

Governo vietnamita tomou providências desde o começo da pandemia, ainda em janeiro - Getty Images - Getty Images
Governo vietnamita tomou providências desde o começo da pandemia, ainda em janeiro
Imagem: Getty Images

A cidade histórica de Hoi An, onde estou, chega a receber mais de 5 milhões de turistas por ano, mas, agora, apenas alguns poucos gatos pingados eiam pelas ruas. Com as atrações e o comércio fechados, não há muito o que ver.

Todas essas ações am alguma sensação de segurança em relação à contenção do vírus. Por isso, me sinto mais segura no Vietnã do que no Brasil, onde o presidente da república dá mais importância à atividade econômica do que à vida das pessoas.

Sem previsão de retorno para o Brasil

Ruas vazias e mascara obrigatória na Cidade Antiga de Hoi An - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Ruas vazias e mascara obrigatória na Cidade Antiga de Hoi An
Imagem: Arquivo pessoal
Com a restrição de voos internacionais pelo mundo, voltar para o Brasil não é uma opção neste momento. É claro que tenho medo de ficar doente aqui, onde a comunicação é difícil e não sei como serei tratada. Por isso, coloquei meu nome na lista que a embaixada brasileira está elaborando de interessados em repatriação, caso o governo brasileiro tome alguma medida. No entanto, não há previsão nem expectativa de que isso realmente aconteça.

Por outro lado, entre a dúvida do Vietnã e a certeza do caos no Brasil, prefiro a dúvida. Meu visto é válido até maio e gostaria de ficar até lá. Espero que a situação se normalize neste prazo, pois já ouvi relatos de estrangeiros que pagaram mais de 300 dólares para estender o visto. Era uma prática que não havia antes e está sendo criticada pelos turistas que não conseguem voltar para casa por falta de voos e pelos estrangeiros que residem no Vietnã por ser uma forma de extorsão.

A Embaixada do Brasil em Hanói informa que encaminhou nota à Chancelaria do Vietnã solicitando informação atualizada sobre a prorrogação de vistos e pedindo apoio e colaboração das autoridades competentes com relação à renovação de vistos de nacionais brasileiros.

Minha expectativa é que o Vietnã continue sendo bem-sucedido na contenção do coronavírus, garantindo a saúde e a segurança dos seus cidadãos e visitantes. E que inspire outros países do mundo a colocar a vida das pessoas como prioridade.