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O bronze é nosso

Em busca do bronzeado e da marquinha perfeitos: da Coca-Cola na pele ao biquíni de fita

Por Carolina Vaisman Colaboração para Nossa, do Rio de Janeiro Bruna Sanches/UOL

No mar de palavras e sensações que podem ser associadas ao verão, uma expressão parece ser unanimidade nacional: a busca pelo bronzeado perfeito. No Brasil, ter a pele dourada ou com aquela marquinha vai além de questão estética. O corpo bronzeado simboliza vigor, juventude, beleza, quase um atestado de estilo de vida saudável e bem aproveitada.

Desde a invenção do biquíni, esse desejo pelo bronze e a marquinha deu origem a todo um universo: cosméticos, fórmulas mágicas malucas que levavam refrigerante e urucum, farofa na areia com água oxigenada para descolorir os pelos... até chegar nas técnicas mais modernas com sprays e jatos — e, entre as tendências brasileiríssimas, um intrépido biquíni de fita isolante para que a cor do verão consiga deixar uma marquinha meticulosamente calculada.

Do pálido ao bronze

Nem sempre foi assim. Na Idade Média, quanto mais clara a pele, maior era o privilégio e o status de nobreza. Nas cortes sas e inglesas, a tez pálida era o ideal de beleza.

Desde o século 17, nos manuais com segredos de beleza publicados na Itália, já encontramos receitas para o clareamento da pele, com a utilização de toda a sorte de unguentos que levavam, muitas vezes, composições que hoje ficaríamos horrorizados" Mary Del Priore, historiadora, autora de "Histórias da Gente Brasileira"

Acredite: urina de criança, leite de mulher parida e "flores brancas", nome que se davam às fezes caninas, eram aplicados ao rosto com a finalidade de tornar a pele mais clara e para disfarçar cicatrizes e feridas deixadas pela varíola, doença que assolou a Europa na época.

Foi só na primeira metade do século 20, com a chegada dos esportes ao Brasil, que a pele bronzeada se tornou sinônimo de beleza e enterrou a tez pálida do ado. A partir dos anos 30, os jovens aram a frequentar as praias — o que antes era visto como programa de crianças e "de pessoas mais velhas" — criando um novo estilo de vida.

Urucum, cúrcuma e até Coca-Cola

A globalização do turismo e a multiplicação de destinos ensolarados aumentou o clube dos queimados de sol. Segundo Mary Del Priore:

A revolução sexual, a invenção do biquíni, a chegada dos esportes radicais vão valorizar o bronzeamento. Figuras como o 'Menino do Rio' e a 'Garota de Ipanema' estão no imaginário popular e louvam, de certa forma, essa pele bronzeada"

Foi assim que, a partir da década de 1960, o litoral ou a ser palco dos mais variados experimentos para atingir o bronze perfeito. Entre os anos 1960 e 1970, o produto mais popular era o argentino Rayito de Sol, pasta amarronzada que prometia uma pele dourada.

Havia quem se besuntasse com Coca-Cola, em busca da tonalidade caramelo do refrigerante. Só que, sob o sol, a bebida deixava marcas irreversíveis na pele, devido à acidez da fórmula. Também não faltavam misturinhas que, na época, seduziam muita gente: uma das receitas levava óleos com semente de urucum e cúrcuma pois, pensava-se, a cor alaranjada estimularia o bronze (na verdade, podia causar queimaduras de terceiro grau).

Outra moda era ar água oxigenada para clarear os pelos do corpo. "As pessoas não tinham noção e conhecimento dos perigos do sol. Usavam diversas fórmulas na tentativa de conseguir o bronze ideal e também avam o dia todo tomando radiação, nos piores horários", diz a dermatologista Aline Concato, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Verões depois, vingou a preocupação com a pele saudável.

Hoje há campanhas de conscientização fortes, como o Dezembro Laranja, e protetores solares têm no mínimo FPS 30.

Aline Concato, da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Faça chuva, faça sol

O culto ao bronze nunca foi exclusividade brasileira. Até hoje, muito se especula sobre a cor cenoura de Donald Trump, por exemplo — segundo reportagem do Washington Post, o look peculiar do ex-presidente norte-americano é resultado do bom e velho corretivo, um da marca Bronx Colors, adquirida pela sa L'Oréal.

Ainda em solo norte-americano, quem parece dividir o gosto pelo tom alaranjado é o ex-governador da Califórnia e ator Arnold Schwarzenegger, também famoso por fotos de tons vibrantes desde os tempos de fisiculturismo.

No velho continente, o estilista italiano Giorgio Armani e sua octogenária pele bronzeada sempre chamam atenção nos cliques feitos a bordo de seu iate no Mediterrâneo.

Hit de Hollywood, o "jet bronze" (técnica a jato, que pulveriza o produto no corpo) invadiu as clínicas de estética no Brasil, onde as antigas câmaras de bronzeamento artificial são proibidas desde 2009. Outra tendência, também importada dos EUA, é o VersaSpa, com uma cápsula que doura o corpo uniformemente com sprays programados — o processo dura 30 segundos e cada sessão custa em torno de R$ 150.

O boom de técnicas faz sentido — faça chuva, faça sol, há quem não abra mão do dourado independentemente da estação. "Temos clientes que fazem o bronzeamento como rotina, mesmo não sendo véspera de feriado ou verão", diz a dermatologista Thaís Mesquita.

Democratizar o bronzeado

A busca pelo bronze pode não ser exclusividade brasileira, mas a criatividade do brasileiro para alcançá-la parece não ter limites. Foi assim que surgiu a Rainha do Bronze, primeiro empreendimento do (agora famoso) biquíni de fita isolante preta.

Todos os dias, mais de 70 mulheres vão à laje da empreendedora Daiana Nogueira na avenida Intendente Magalhães, em busca do bronzeado perfeito (leia-se: o que une a cor à marca de biquíni totalmente uniforme), conquistado graças às fitas coladas ao corpo, servindo como moldes.

O importante é democratizar o bronze e também estimular outras mulheres a terem o seu próprio negócio. Há espaço para todo mundo neste setor" Daiana Nogueira

Na alta temporada (vésperas de feriados, festas de fim de ano e Carnaval), Daiana precisa contratar mais funcionárias além das 17 fixas por causa do aumento da demanda. A cada três minutos, elas jogam um jato d'água para refrescar as clientes tostando no sol. Os preços vão de R$ 50 a R$ 80.

A julgar pela popularidade de lajes e clínicas, das cidades do interior às areias do litoral brasileiro, talvez a busca pelo bronzeado perfeito (e saudável) seja a frente ampla democrática do verão.

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