Sebastião Salgado fotografou como quem escuta o mundo — com silêncio, paciência e alma. Da miséria dos garimpeiros de Serra Pelada aos desertos gelados da Antártica, sua câmera nunca foi neutra: era bússola ética, farol humanista.
Ele dividiu sua obra em grandes epopeias visuais — Trabalhadores, Êxodos, Gênesis —, sempre buscando a dignidade onde o olhar comum via ruína. Cada fase é um capítulo da luta humana por sobrevivência e sentido.
Suas imagens não apenas documentam: interrogam, comovem, denunciam. Nesta reportagem, revisitamos o percurso de um homem que fez da luz e da sombra um idioma universal e inspirou gerações de fotógrafos, que falaram sobre o mestre que morreu hoje (23), aos 81 anos. Eles deixam aqui também sua homenagem.