Tiro na cabeça e 'pagamos seu salário': as falas polêmicas de Tiago Leifert
Em ano de eleição, as declarações políticas dos famosos acabam sempre ganhando grande repercussão. A última polêmica veio de Tiago Leifert.
Durante entrevista ao podcast "Cara a Tapa", do jornalista Rica Perrone, o apresentador foi confrontado a escolher entre Lula e Bolsonaro, diante da hipotética ameaça de levar um tiro na cabeça.
Pode atirar. Não dá, essa é a posição solitária, não dá.
disparou Leifert
"O Bolsonaro foi muito mal e o Lula não dá. Fez um bom governo em 2002, entendo a figura que ele é, a importância que ele tem, mas não consigo fazer o malabarismo mental de tudo o que aconteceu", ponderou o apresentador.
Além disso, Tiago ainda colocou em dúvida as pesquisas eleitorais do momento, que apontam o ex-presidente como favorito do eleitorado.
"Eu acho que tem muita gente calada, não acho que as pesquisas estejam no caminho certo, ainda acho que vai acontecer alguma coisa. Não sei nem se esse será o segundo turno. Não sei se eles não desistem antes, ou acontece alguma coisa. Não sei, está muito cedo!", opinou.
Esta não foi a primeira vez que Leifert soltou uma fala controversa que reverberou na mídia e nas redes sociais.
O salário de Ícaro
No fim de 2021, Leifert e o ator Ícaro Silva se envolveram em uma grande discussão, após críticas que Ícaro teceu ao "BBB" em seu perfil do Twitter, chamando o programa de "entretenimento medíocre".
"Não só não te fizemos mal como provavelmente pagamos o seu salário. Se você realmente acredita no que você escreveu, você deveria ser adulto e nunca mais aceitar trabalho de nenhuma empresa que promova o entretenimento que você acha ruim. Que tal?", rebateu Tiago no Instagram.
A briga entre os dois continuou se desenrolando, mas a declaração de Leifert sobre o salário do ator pegou mal e foi criticada.
'Big stick'
No discurso de eliminação de João Luiz no "BBB 21", Leifert se viu envolvido em mais uma controvérsia. O apresentador falou da teoria do "big stick" ou "grande porrete" defendida pelo presidente dos EUA, Theodore Roosevelt.
"Tinha um presidente americano de muitas décadas atrás que falava, um dos lemas dele, 'fale manso, mas carregue um grande porrete'. Era só falar manso e carregar um grande porrete, que todo mundo ia automaticamente respeitar você, porque as pessoas sabem da sua força", disse Leifert, comparando a teoria com a atitude de João diante dos ataques racistas que sofreu na casa.
A fala foi criticada por especialistas em Relações Internacionais porque a política do "grande porrete" foi responsável por desencadear estruturas racistas na América Latina.
Paula imperfeita
Para anunciar a vitória de Paula von Sperling no "BBB 19", Leifert se referiu a ela como "a pessoa que teve a audácia de ser imperfeita, que teve a ousadia de ser real em 2019".
O problema é que, durante o programa, Paula teve sua trajetória associada a falas racistas, homofóbicas e de intolerância religiosa.
Em entrevista a GQ no ano ado, o apresentador reforçou que concordava com a vitória da advogada no programa.
Esporte isento
Em coluna de 2018, Leifert defendeu que o esporte não deveria ser palco de manifestações políticas, em referência ao protesto do jogador da NFL Colin Kaepernick contra a violência policial direcionada aos negros nos EUA.
"Quando política e esporte se misturam dá ruim. Olhando por todos os lados, não vejo motivos para politizar o esporte. Não acho justo ele hackear esse momento, pelo qual está sendo pago, para levar adiante causas pessoais", disse o jornalista.
O esporte já serviu como espaço de manifestação política até mesmo em 1968, nas Olimpíadas do México, quando Tommie Smith e John Carlos, ouro e bronze nos 200 metros rasos do atletismo, ergueram o punho fechado e abaixaram a cabeça durante o hino americano, em referência aos Panteras Negras.
Representatividade não importa
No BBB 18, a jornalista Nayara saiu logo no começo do programa com rejeição de 92,62% dos votos. Durante o discurso, Leifert atacou o fato da ex-BBB ter levantado algumas bandeiras durante a curta agem pelo reality.
"Esta casa, especificamente, está com uma outra 'nóia'. Vocês não são mais vocês mesmos. Agora vocês representam algo. 'Ah, eu represento a comunidade X'. 'Fulano representa a comunidade Y'. 'Eu represento sei lá o quê'. Deixa eu falar a real. Ninguém aqui fora deu procuração para vocês representarem ninguém aí. Sem essa de representatividade, que isso não leva a nada".
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