Assassinatos e castração: as maldades de Tenório na 1ª versão de 'Pantanal'
Enquanto nos divertimos com as descobertas de Maria Bruaca ou o romance de Juma e Jove em "Pantanal", existe um personagem que realmente toca o terror na novela: Tenório.
Vivido por Murilo Benício, o fazendeiro já é o grande vilão da trama com seu jeito machista e preconceituoso, mas ainda nem mostrou de tudo que é capaz.
Na primeira versão da novela, o papel ficou a cargo do veterano Antônio Petrin, que também assombrou as vidas de José Leôncio e da família Marruá.
Senhor do destino
Se Juma perdeu sua família e Muda ficou obstinada por vingança, a culpa é de Tenório. Na trama, foi o fazendeiro que deu um golpe na família Marruá e iniciou a sucessão de tragédias da história.
Tenório vendeu terras que já tinham dono para Gil e Maria, o que acabou resultando num conflito que custou a vida do irmão de Juma, assassinado por grileiros. Por sua vez, Gil também se vinga matando o fazendeiro que acabou com seu filho, ninguém menos do que o pai de Muda.
No fim, o próprio Gil e sua mulher, Maria Marruá, acabam assassinados em decorrência de todo o sangue derramado pela armação de Tenório no ado.
Duas caras
Na trama original, assim como na atual, Tenório engana a mulher, Maria Bruaca, ao esconder uma família inteira que tem em São Paulo.
O Tenório de 1990 não revelava a segunda família pelo escândalo que seria um divórcio na época, enquanto que o de 2022 ganhou uma postura racista: ele não os assume por serem uma família negra.
De qualquer modo, a relação de Tenório com os filhos e as duas mulheres é a pior possível, revelando a faceta mais controladora e opressora do fazendeiro.
A próxima vítima
Tenório resolve seus problemas mandando matar seus inimigos. Em "Pantanal", é ele o responsável por encomendar o assassinato de diversos personagens.
Quando descobre que Bruaca o havia traído, Tenório encomenda a morte da mulher. O fazendeiro também faz de tudo para acabar com a família de Zé Leôncio, ordenando que ele e os filhos sejam assassinados.
Outro que entra na mira é o peão Alcides, com quem Bruaca se envolve, e que acaba sendo o responsável pelo fim do rastro de terror do fazendeiro.
Fera ferida
Em uma das cenas mais marcantes da novela original, Tenório tenta castrar Alcides após descobrir que ele estava tendo um caso com sua mulher.
"Olhei para a cara do diretor e vi lágrimas saindo pelos seus olhos. Aquilo me provocou muito, redobrou a minha emoção, eu tremia. Falando disso agora parece que estou sentindo a mesma coisa. Foi um dos momentos mais marcantes da minha trajetória como ator", relembrou Antônio Petrin sobre as gravações.
Na época da novela, sua casa em São Paulo chegou a ser apedrejada pelas maldades que Tenório cometia.
O salvador da pátria
Tenório encontrou seu fim justamente nas mãos de Alcides, quem tanto tentou exterminar. Na reta final da novela, é o peão que acaba matando o fazendeiro.
Preso em uma emboscada, o fazendeiro é atingido por uma adaga na barriga pelo inimigo e cai no rio. Seu fim é o mesmo de Levi: acaba devorado por piranhas na água.
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