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Como 'Avatar' se transformou no maior sucesso de que 'ninguém se lembra'

Jake Sully (Sam Worthington) em "Avatar: O Caminho da Água" - 20th Century Studios/Divulgação
Jake Sully (Sam Worthington) em 'Avatar: O Caminho da Água' Imagem: 20th Century Studios/Divulgação

De Splash, em São Paulo

15/12/2022 04h00

Se você ou a internet com certa frequência nos últimos 13 anos, não é improvável que tenha ado por algum debate sobre a relevância do filme com maior bilheteria mundial de todos os tempos. Lançado em 2009, "Avatar" é frequente alvo de comentários sobre ser um filme do qual "ninguém se lembra" ou "se importa com a história". Será mesmo?

O próprio diretor e roteirista, James Cameron, aos 68 anos, já disse que esses são comentários de "trolls". Com o lançamento do (muitas vezes adiado) "Avatar: O Caminho da Água", cabe a pergunta: o que faz da saga de ficção científica um título tão questionado?

O que levou tanta gente ao cinema

Em linhas gerais, "Avatar" se a no século 22 em uma lua alienígena chamada Pandora, fonte de um recurso natural que pode ser a chave para a crise de energia na Terra. Jake Sully (Sam Worthington) se une ao Programa Avatar para viajar até Pandora e cultuar relações pacíficas com os Na'vi. Ao longo da história, seu relacionamento com Neytiri (Zoe Saldaña) e a escolha de lutar por Pandora dão o tom da história.

O grande atrativo de "Avatar", no entanto, não estava necessariamente na trama. Seu diferencial foi o uso inovador de 3D e computação gráfica. Na época, com tecnologias do tipo ainda em fases iniciais, Cameron utilizou técnicas de captura de movimento e performance que criaram uma sensação forte de imersão.

avatar - Mark Fellman/20th Century Studios - Mark Fellman/20th Century Studios
Diretor James Cameron nos bastidores de 'Avatar: O Caminho da Água'
Imagem: Mark Fellman/20th Century Studios

Câmeras que ficavam próximas ao rosto dos atores ajudavam a mapear os músculos e seus movimentos, por exemplo, e a equipe de efeitos visuais criou cenários fotorrealistas que ajudaram a tornar tudo mais crível. Isso deixou suas marcas para a década seguinte de obras audiovisuais.

Grande parte das críticas destacavam justamente essa questão técnica como o ponto forte do longa-metragem — que, não à toa, venceu o Oscar nas categorias de fotografia, efeitos visuais e direção de arte.

O crítico David Edelstein, por exemplo, da renomada New York Magazine, destacou que "a narrativa seria qualquer coisa sem o espetáculo. Mas que espetáculo! 'Avatar' é estonteante, imersivo, vertiginoso... e eu fiquei sem adjetivos depois de 1h das 2h42min de filme."

Para a sequência, a expectativa é de repetir o feito — e surpreender ainda mais.

"James encontrou uma forma de capturar água com essa tecnologia, e sabemos que ele tem uma afinidade com oceanos há alguns anos, desde sempre", pontua Zoe Saldana, em entrevista a Splash. "Essa foi a maneira dele de criar mais uma história ambientada no oceano. Agora ele vai conseguir nos mostrar 80% de Pandora, como é de verdade debaixo d'água."

"Tudo isso é ótimo, mas o maior avanço mesmo está nas atuações que conseguimos alcançar", continua o produtor, Jon Landau. "No primeiro filme, usamos câmeras de resolução SD, e agora estamos usando câmeras de alta definição. Então, na tela, conseguimos ver mais de Zoe, de Sam, de Sigourney [Weaver]. E é isso que as pessoas querem ver, é por isso que elas voltam e por isso que estamos empolgados."

'Avatar: O Caminho da Água' é a experiência cinematográfica definitiva devido à combinação das atuações e da água.
Jon Landau, produtor

Mas e a narrativa?

Em "O Caminho da Água", a sensação imersiva se repete, ao menos nas sessões em 3D. O espetáculo visual de que James Cameron tanto se orgulha é garantido, sobretudo com a expansão para as regiões aquáticas de Pandora. A narrativa é mais extensa e elaborada que a do primeiro filme, o que é um ponto positivo. Dessa vez, a conexão emocional entre público e personagens é mais facilmente atingível.

Mesmo assim, apesar de elogios à mensagem antibélica e ambiental, muitos apontam que a narrativa do primeiro filme é seu ponto fraco. Jake é acusado de ser um personagem com a chamada "síndrome do salvador branco", e o filme de ser uma "fantasia sobre raça". Comparações com o faroeste "Dança com Lobos", de 1990, não são incomuns.

De modo geral, uma narrativa considerada fraca e genérica diante de outros grandes clássicos da ficção científica e da fantasia não ajudou na missão de "Avatar" de deixar uma imagem forte com sua audiência.

Se universos como o de Star Wars e o dos heróis da Marvel contam com ícones que se tornaram imagens fortes na cultura pop e no imaginário geek, o mesmo não pode ser dito sobre "Avatar". O que torna um filme um "clássico cult" é justamente o quão memorável ele se torna nesse coletivo.

Titanic - Reprodução - Reprodução
25 anos depois do lançamento, 'Titanic' ainda gera debates e é considerado um marco no cinema
Imagem: Reprodução

Basta observar que não é comum que frases ou cenas marcantes do filme sejam perpetuadas por aí. Pense, por exemplo, nas inúmeras referências a "Matrix" ou às frases icônicas de "O Exterminador do Futuro" que ajudaram a fixá-los como obras que atravessam décadas e gerações.

O próprio "Titanic", do mesmo James Cameron, é um ótimo exemplo de um filme que fez algo que "Avatar" jamais conseguiu neste sentido. (Sim, é óbvio que Jack cabia naquela porta!)

Um intervalo muito (muito!) longo

Talvez os 13 anos de intervalo entre o primeiro filme e a sequência não ajudaram na árdua missão de manter a chama dos fãs (ou potenciais fãs) acesa. É importante ressaltar que Cameron já sabia que gostaria de produzir sequências quando lançou o primeiro longa, mas o caminho foi longo e cheio de pedágios e desvios de rota.

Histórias complementares em formato de quadrinhos foram lançadas, mas as expansões do universo nunca vingaram de verdade. Caso essas tentativas tivessem surtido efeito, é possível que o interesse tivesse aumentado. O eio inspirado no filme que existe em um dos parques da Disney em Orlando, Flórida, não aprofunda a história — mas é um sucesso de público com filas gigantescas.

"Não importa", responde prontamente Landau quando perguntado se ele acredita que "O Caminho da Água" pode se tornar outro sucesso de bilheterias. "Confiamos no filme, e não podemos controlar o que está além da nossa capacidade. Mas vimos o filme outro dia..."

"Ainda estou processando tudo, assisti há três dias em Nova York, e ainda estou tentando entender como eu me sinto, porque sinto tudo simultaneamente", completa Zoe. "E foi isso que o primeiro 'Avatar' também causou em mim. E eu era parte daquilo! Eu consegui esquecer que eu fazia parte, e assistir ao filme como uma espectadora, e ser arrebatada pela experiência."

Sei que, se as pessoas forem assistir ao filme, sentirão o mesmo impacto. Se quebrar ou não um recorde, isso não importa. Fizemos isso com tanto amor, e demorou tanto tempo que algo tão especial assim só pode ser apreciado quando as pessoas forem ver.

Futuro traçado

Avatar - 20th Century Studios/Divulgação - 20th Century Studios/Divulgação
Neytiri (Zoë Saldaña) e Jake (Sam Worthington) lutam pela família em 'Avatar: O Caminho da Água'
Imagem: 20th Century Studios/Divulgação

Com tantas opiniões fortes sobre "Avatar", a missão de "O Caminho da Água" torna-se ainda mais árdua mas, a princípio, os resultados podem ser favoráveis. Cameron mostra que observou o que foi apontado como falha no primeiro filme, e se esforça para trazer personagens cativantes para o segundo.

A família de Jake e Neytiri expande o leque da história, e debates sobre temas como aceitação, afeto e respeito às diferenças fazem do filme uma experiência mais satisfatória para além do ótimo espetáculo visual.

"Conhecemos o arco completo de nossos personagens", confirma Saldaña.

"Jim dividiu a saga em cinco capítulos. O que vimos em 'Avatar: O Caminho da Água' é o segundo, mas também é o mais importante de todos porque estamos apresentando a família Sully. No primeiro filme, Jake e Neytiri se apaixonaram e se rebelaram contra as regras para ficarem juntos. Agora, temos a consumação desse amor, com uma família crescendo em Pandora em tempos de guerra. Queremos garantir que os filhos tenham uma educação adequada em meio a tudo isso."