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Não é só livro: o que impulsionou a fortuna da bilionária J. K. Rowling

Fortuna de J. K. Rowling é composta por diferentes segmentos, de livros a parques temáticos

Colaboração para Splash

03/06/2025 05h30

Autora da saga Harry Potter, a britânica J. K. Rowling, 59, voltou a figurar na lista de bilionários, segundo a revista Forbes.

O que aconteceu

Revista diz que J. K. Rowling voltou para lista de bilionários. Segundo reportagem da revista Forbes publicada no dia 30 de maio, a fortuna da autora "está maior do que nunca". De acordo com estimativas da publicação, o patrimônio líquido da autora é de US$ 1,2 bilhão (mais de R$ 6,8 bilhões, conforme cotação atual).

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Livros foram só o começo. Valor engloba diferentes vertentes do "Potterverso", o universo de Harry Potter. Além dos livros e dos filmes, a saga se espalhou para outras formas de entretenimento e garantiu novas fontes de renda à autora. Forbes estima que, desde 2020, J. K. Rowling tenha faturado mais de US$ 80 milhões por ano (mais de R$ 455 milhões).

"Harry Potter e a Pedra Filosofal", o primeiro livro da série escrita por J. K. Rowling, foi publicado em junho de 1997 no Reino Unido. A coleção inicial da saga tem sete livros, sendo que o último, "Harry Potter e as Relíquias da Morte", veio a público em julho de 2007. Segundo o portal oficial da autora, os livros já venderam mais de 600 milhões de cópias em todo o mundo.

Em novembro de 2001, o primeiro filme estreava nos cinemas. O último volume foi dividido em dois filmes —a segunda parte foi lançada em 2011. A franquia de filmes arrecadou quase US$ 7,7 bilhões (mais de R$ 43 bilhões) nas bilheterias globais após o último filme, tornando-se a franquia de maior bilheteria da história do cinema até então.

J. K. Rowling em dezembro de 2019 Imagem: Taylor Hill/FilmMagic

Em 2012, a britânica fundou a Pottermore Publishing. A empresa é responsável pelos e-Books and audiobooks da série.

J. K. Rowling é dona de parte dos direitos autorais da saga. Conforme a Forbes, a britânica tem um acordo com a Warner Bros., estúdio responsável pelos filmes da franquia. "A Warner Bros. viu o potencial da propriedade intelectual de J. K. Rowling muito cedo, licenciando os direitos do filme antes mesmo do lançamento do primeiro livro", explica a Forbes.

Com o sucesso da saga, a autora fez novos combinados com a Warner Bros. Cláusulas adicionais incluíram participação nos lucros dos filmes, atuação como produtora executiva nos dois últimos filmes e autoridade sobre "sequências escritas por autores não identificados". "Nenhum material adicional de Harry Potter poderia ser desenvolvido sem a aprovação da autora", diz a publicação.

O filme "Animais Fantásticos e Onde Habitam", o primeiro spin off de Harry Potter, estreou em 2016. Originalmente, a franquia foi planejada para ter cinco filmes. No entanto, somente três filmes da série foram, de fato, produzidos até hoje. "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" é a frente teatral da saga. Com a colaboração de J. K. Rowling, o livro virou peça, que também estreou em 2016 e cuja bilheteria contribui para o aumento na fortuna da autora, já que ela recebe participação nos lucros.

Em 2023, o jogo Hogwarts Legacy vendeu 24 milhões de cópias. O videogame foi o mais vendido daquele ano, arrecadando mais US$ 1 bilhão (R$ 5,69 bilhões).

Diagon Alley, no parque Universal Studios Florida Imagem: Divulgação/Universal Orlando Resort

Uma das principais fontes de renda relacionadas a Harry Potter está em Orlando (EUA). Na cidade, parques da rede Universal Orlando Resort formam o The Wizarding World of Harry Potter, com áreas específicas para a franquia. Além de atrações, os parques têm lojas, restaurantes, quiosques e experiências. "Quando o parque temático Islands of Adventure, da Universal, inaugurou sua primeira atração Wizarding World em 2010, houve um aumento de 36% no público e um aumento de 40% na receita", relembra a Forbes. Os parques da rede na Califórnia (EUA), no Japão e na China aram a contar com áreas da saga após o sucesso em Orlando.

A Universal licencia a propriedade da Warner Bros. J.K. Rowling, por sua vez, recebe uma porcentagem de cada compra nessa parte do parque. "De acordo com estimativas da Forbes, os parques temáticos representam a segunda maior fonte de renda para Rowling na última década", diz a Forbes. Em primeiro lugar, ainda estão os lucros oriundos dos livros.

Lojas especializadas vendem produtos aos fãs da saga. Além da famosa loja na estação de trem King's Cross, em Londres, outros dois estabelecimentos oficiais concentram produtos da franquia, ambos nos Estados Unidos: a Harry Potter Shop conta com uma unidade em Nova York e uma em Chicago, recém-inaugurada.

Estúdios Warner Bros oferecem tours nos quais os fãs podem ver itens oficiais. As unidades em Los Angeles (EUA), Londres e Tóquio (Japão), por exemplo, contam com instalações dos filmes. Em Londres, o tour registrou mais de US$ 300 milhões (mais de R$ 1,7 bilhão) em receita e US$ 120 milhões (R$ 682 milhões) em lucro operacional em 2023.

De volta à lista

J. K. Rowling era figurinha carimbada na lista de bilionários da Forbes entre 2004 a 2011. Segundo a revista, em 2012 a autora destinou cerca de US$ 160 milhões (mais de R$ 910 milhões) para doações filantrópicas. "Nos anos seguintes, ela reconstruiu sua fortuna de dez dígitos por meio de fluxos de receita multimilionários em todos os meios imagináveis", explica a publicação.

Mesmo considerando os altos impostos do Reino Unido e suas extensas iniciativas de caridade, ela [J. K. Rowling] voltou confortavelmente ao grupo dos bilionários com um patrimônio líquido de US$ 1,2 bilhão [mais de R$ 6,8 bilhões] Forbes

A marca "Harry Potter" é uma das mais fortes nos EUA. Segundo análise de 2022 da Habo Studio, empresa de consultoria que classifica as marcas de propriedade intelectual no país, Harry Potter é a sexta marca mais forte em todo o entretenimento, e a número 1 entre os millennials, considerando os nascidos entre 1981 e 1996.

Uma nova série sobre o universo Harry Potter pode aumentar ainda mais a fortuna da autora. A produção terá início ainda este ano e deve estrear na HBO Max no final do ano que vem. Segundo a Forbes, J. K. Rowling pode lucrar US$ 20 milhões por ano (mais de R$ 113 milhões) por seu envolvimento no programa.

Nos últimos anos, a autora tem sido criticada publicamente por conta de seu posicionamento em relação à comunidade trans. Graças a declarações transfóbicas e de seu apoio financeiro a grupos políticos que defendem a cassação dos direitos de pessoas transgênero no Reino Unido, J. K. Rowling foi alvo de críticas por parte do ator Sean Biggerstaff, que interpretou Oliver Wood na saga Harry Potter. Pedro Pascal ("The Last of Us") também se pronunciou nas redes sociais sobre a postura da autora em relação ao tema.

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