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'Mulheres precisam ser cinco vezes melhores', diz estrela de 'DNA do Crime'

De Splash, em São Paulo

04/06/2025 05h30

Suellen, personagem interpretada por Maeve Jinkings, terá que provar as habilidades de liderança na 2ª temporada de "DNA do Crime" (Netflix). A série está de volta ao catálogo, a partir de hoje, após sucesso da primeira temporada.

A narrativa da personagem ecoa uma realidade enfrentada por mulheres em profissões tradicionalmente ocupadas por homens: o machismo. Segundo a atriz, em entrevista a Splash, o desafio é ainda maior em ofícios ligados à força policial.

Qualquer mulher, em qualquer profissão, enfrenta [o machismo]. As mulheres vivem o machismo no cotidiano, ponto. Em qualquer ofício. E num ofício desse [policial], que é um ofício de qualidades ditas masculinas, de força policial, isso é ainda mais marcante.

A atriz, que conversou com policiais reais e teve a chance de ouvir histórias de ex-policiais que participaram da produção da série, percebe que as mulheres têm um desafio adicional. "Costumamos dizer que precisamos ser cinco vezes melhor que um homem para poder provar o nosso valor em qualquer ofício", afirma Maeve.

História de Suellen ecoa uma realidade enfrentada por mulheres Imagem: Guilherme Leporace e Alisson Louback/Netflix

A própria Suellen, ao ter que provar a sua liderança na segunda temporada, reflete essa pressão. Embora "DNA do Crime" não tenha o machismo como tema central e não seja "panfletária", a série opta por abordar a questão de maneira sutil. De acordo com a atriz, o machismo está "dado na relação entre os personagens, ainda que isso não seja muito verbalizado".

A inclusão dessas representações é vista como fundamental. Para Maeve, que também está no ar em "Vale Tudo" (Globo), uma das grandes funções das narrativas populares como "DNA do Crime" é "colocar um assunto sobre a mesa".

Estar lá já é muito significativo. Eu recebo muita mensagem de mulher, que depois foi prestar concurso para a Polícia Federal, ou mulheres que são da polícia falando da importância de ter uma figura dessa representada.

2ª temporada de 'DNA do Crime' conta com mais tiro, porrada e bomba Imagem: Guilherme Leporace e Alisson Louback/Netflix

A presença de figuras femininas em papéis de destaque na Polícia Federal é significativa no "imaginário coletivo", aponta a artista. Assim, enquanto a segunda temporada de "DNA do Crime" promete muita ação e adrenalina, ela também sutilmente lança luz sobre os desafios enfrentados por mulheres em determinadas áreas.

'DNA do Crime'

Série conta com direção geral e criação de Heitor Dhalia Imagem: Guilherme Leporace e Alisson Louback/Netflix

A segunda temporada conta com ainda mais tiro, porrada e bomba. Após ajudar o Embaixador a escapar da prisão, Isaac e a Quadrilha Fantasma se tornam os principais alvos da Polícia Federal.

Estávamos mais certos do que eram aqueles personagens. Foi especialmente bom fazer a segunda temporada. Mas muito cansativa. Tinham dias em que eu dormia e só sonhava com tiro. Eu sonhava com perseguição.

A série conta com direção geral e criação de Heitor Dhalia, direção de episódio de Pedro Morelli e Felipe Vellasco, e produção executiva de Manoel Rangel e Egisto Betti. O elenco também é composto por nomes como Rômulo Braga, Pedro Caetano, Thomas Aquino, Alex Nader, Daniel Blanco, Letícia Tomazella e Jorge Paz.

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