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Porta dos Fundos pede desculpas por vídeo gordofóbico. Entenda a polêmica

Fabio Porchat e Bianca Barroca debatem sobre gordofobia no Instagram - Reprodução / Instagram
Fabio Porchat e Bianca Barroca debatem sobre gordofobia no Instagram Imagem: Reprodução / Instagram

Ana Bardella

De Universa

08/06/2020 19h54

O apresentador Fabio Porchat usou a conta do grupo Porta dos Fundos no Instagram para promover uma conversa ao vivo sobre gordofobia, dialogando com as criadoras de conteúdo Bianca Barroca e Alexandra Gurgel. Na última quinta-feira (4), o canal publicou o vídeo "Teste de Covid" e recebeu críticas de ativistas, que consideraram o conteúdo desrespeitoso com as pessoas gordas.

No vídeo, o ator Fabio de Luca interpreta um paciente em busca do resultado de um teste para Covid-19, enquanto a atriz Thati Lopes interpreta uma atendente de laboratório que lhe a o laudo e orientações médicas via telefone. A personagem avisa que o resultado foi negativo, uma vez que o vírus não teria conseguido "resistir ao seu corpo podre" e que "morreu abafado dentro da veia dele", entre outras críticas à sua saúde e estilo de vida. O vídeo foi oculto do canal dos humoristas no YouTube e o grupo pretende regravá-lo com outro ator.

Ontem (7), Bianca postou no Instagram um vídeo com críticas ao roteiro do Porta dos Fundos, alegando que além de ofensivo, ele desestimula pessoas gordas a cuidarem da própria saúde:

À Universa, ela relembrou que, assim que assistiu ao conteúdo, se sentiu ofendida com a maneira como as pessoas gordas foram retratadas. "Segue o mesmo estereótipo vigente há anos no mercado audiovisual, que não corresponde à nossa realidade. Muitos de nós trabalham, namoram, têm filhos, viajam, são atletas. Mas no imaginário coletivo reforçado pela mídia, o gordo é aquele que fica sentado no sofá, vendo TV e comendo. Isso é um desserviço", argumentou.

Diante da repercussão negativa, o grupo promoveu uma live para debater o assunto e se desculpar com o público.

"Temos que fazer piada com o opressor, nunca o oprimido"

Fabio iniciou a live reforçando que críticas de minorias não podem ser encaradas como "mimimi". "Para mim o problema não é a ignorância, porque ninguém nasce sabendo. O problema é não querer aprender".

Ele explicou que, no Porta dos Fundos, todos os roteiros am por uma aprovação. "Cada um escreve o roteiro e leva para uma reunião, para uma leitura coletiva. A gente ouviu, leu junto e o mais curioso foi que ninguém ficou com o pé atrás, porque não havia indicação de ator. Então a piada central era uma pessoa com o organismo tão podre que nem o vírus iria querer ficar lá dentro", disse. No entanto, reconheceu que, depois de pronto, o material ganhou um potencial diferente.

"Não importa se você teve a intenção ou não, o que importa é que aquilo ou. No meio do caminho, alguma coisa torta atrapalhou. Não precisa querer ser racista, por exemplo, para ser. A gordofobia é muito forte e já está na cabeça de todo mundo".

Após alguns questionamentos de Bianca, ele comentou sobre vídeos produzidos pelo grupo no ado. "O Porta dos Fundos já fez vídeos em que o gordo era a piada central. O nome do nosso primeiro vídeo é 'Traveco na firma'. A gente jamais falaria isso hoje. Acreditamos que estamos em uma constante evolução. A mesma coisa com a gordofobia, essa conversa é uma ótima discussão para que a nossa luta não seja seletiva", disse. Fabio reforçou ainda que a ideia é fazer as piadas com os opressores e não com os oprimidos.

Durante a conversa ao vivo, o ator Fabio de Luca também fez uma breve participação, alegando que, pela repercussão do vídeo, a relação com o próprio corpo mudou. "Esse alerta me fez me enxergar de maneira diferente. Eu sempre fiz piada com o meu corpo porque achava que tinha que ser assim e não precisa, é só viver", resumiu.

O corpo gordo como piada

Paola Altheia, nutricionista comportamental criadora do projeto "Não sou exposição", explica que a pessoa gorda enfrenta na sociedade três tipos de acusações. A primeira delas é moral, uma vez que a "culpa" de ter esse biotipo recai sobre suas costas, como se não se esforçasse o suficiente para ser "melhor". "Comentários como 'para emagrecer é só fechar a boca' reforçam muito essa ideia", exemplifica.

A segunda acusação é estética, uma vez que corpos gordos são tidos como feios, indesejados e deselegantes. Por último, vem a acusação médica, de que a pessoa não tem capacidade de cuidar da própria saúde. "Seu organismo é visto como um apanhado de doenças, uma ideia que permeia inclusive a área da saúde. Por isso muitos profissionais chegam a negligenciar alguns problemas: em vez de acolher e ajudar, acabam humilhando a pessoa. Esse tipo de tratamento gera um trauma que a impede de cuidar devidamente de si mesma".

A profissional reforça ainda que, por serem ridicularizadas durante a vida, pessoas gordas podem criar mecanismos de defesa, visando serem engraçadas ou se tornando solícitas ao extremo. "Esse sistema comportamental pode desencadear depressão, transtornos alimentares e outros tipos de problemas", explica.

Contra a cultura do cancelamento

Durante a participação na live, as convidadas reforçaram a importância do diálogo. "Eu não nasci com a minha cabeça. ei por vários momentos de desconstrução, falhei... O esquema é assumir o erro e melhorar. Pessoas que nunca ouviram falar em gordofobia talvez agora estejam repensando conceitos. Trazer essa sementinha é sempre uma coisa positiva", declarou Bianca.

"Infelizmente a gente já espera que o humor seja gordofóbico. A gente é ensinado a odiar quem a gente é. Obrigada por abrirem espaço para o diálogo sem gerar ódio. A cultura do cancelamento não serve para nada", defendeu Alexandra.