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Manchas e mais: por que o inverno é a melhor época para tratar a pele

Tratamentos que sensibilizam a pele combinam com as baixas temperaturas - Getty Images
Tratamentos que sensibilizam a pele combinam com as baixas temperaturas Imagem: Getty Images

Isabella Marinelli

De Universa

28/07/2021 04h00

Se há um clichê relacionado aos tratamentos feitos em consultório dermatológico, é aquele que diz que o inverno é a melhor época do ano para tal. Apesar das dimensões continentais do Brasil, o que faz com que as estações do ano sejam diferentes em cada região, há um fundo de verdade em considerar o clima frio como um bom momento para terapias que sensibilizam a pele.

"Devido às menores cargas de radiação ultravioleta no inverno, a recuperação dos procedimentos se torna mais segura, uma vez que diminui o risco do surgimento de manchas na pele", destaca o dermatologista Cristiano Kakihara, de São Paulo.

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Pele pode manchar no sol após tratamentos

Certos tipos de lasers, peelings e até o microagulhamento, como é chamado o tratamento com pequenas agulhas para estímulo de colágeno, ajudam no tratamento de manchas, cicatrizes e até da textura geral da pele. Entretanto, após o procedimento, algumas pessoas sentem certo grau de sensibilização, com vermelhidão e descamação. O mesmo vale para istração de ácidos mais agressivos com o objetivo de renovação celular.

"O sol tem a capacidade de manchar qualquer tecido que tenha inflamação. Se você faz um peeling ou um laser, está causando uma inflamação proposital a fim de estimular a renovação daquela pele. Portanto, a região em questão fica muito suscetível à formação de manchas, que chamamos de hiperpigmentação inflamatória", explica a dermatologista Valéria Marcondes, de São Paulo.

Protetor solar adequado

Além disso, segundo ela, com menor exposição direta ao sol e poucos dias ensolarados, fica mais fácil usar protetores solares leves e sequinhos por cima da pele lesionada.

"Protetores com FPS muito alto são mais pesados, às vezes até gordurosos, e indicados para o verão. Pode ser difícil aplicar uma dessas opções após o tratamento", explica.

Conforto sensorial

Em dias muito quentes, a transpiração aumenta e, com ela, aquele hábito de ar a mão no rosto para enxugar o suor. Em uma situação de exercícios físicos ou de translados em transporte público, o gesto ganha frequência. "Todos esses cenários são mais desconfortáveis para a pele sensibilizada, com ardência", diz.

Outro ponto é o edema. No calor, o corpo tende ao inchaço — um processo natural de retenção de líquidos, intensificado pelo clima. "Logo, qualquer procedimento que incha, como a blefaroplastia sem cortes, procedimento que reduz a flacidez das pálpebras, tende a ficar mais avermelhado. Calor e umidade também são ambientes ideais para a proliferação de bactérias que causam infecções. Por isso, o inverno é o período ideal para procedimentos do tipo", finaliza.

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