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Corpo real de mulher gorda inspira casal a produzir velas e arte

As velas têm formatos de corpos reais - Isabela Catão
As velas têm formatos de corpos reais Imagem: Isabela Catão

Carina Gonçalves

Colaboração para Universa

15/08/2021 04h00

A designer Thais Soares, de 24 anos e a fotógrafa Isabela Catão, de 31, formam um casal que, como tantos outros, se deparou com a questão: como ganhar dinheiro na pandemia?

"Uma amiga da minha mãe faz velas. Eu sempre fui muito ligada à arte e essa moça tinha um ateliê dentro de casa e me ensinou. É uma coisa mágica e deliciosa de fazer. Isso ficou na minha lembrança. Nunca mais tinha feito, mas ficou guardado", relembrou a Isabela.

Foi assim que começou o projeto Bluèsi, da tradução do francês "azul-se", que produz velas decorativas criadas pelas duas.

As velas medem 10 cm e têm formato de corpos reais, de mulheres gordas, com o peito caído, a barriga grande e as coxas robustas. Em três meses, o perfil do Instagram (@bluesivelas) conseguiu cerca de 4.000 seguidores.

Como um casal lésbico, elas colocaram em prática o orgulho gay. Em junho, mês em que é celebrado, elas produziram a vela pride: toda colorida com as cores da bandeira LGBTQIA+, uma versão limitada pela dificuldade de fabricá-la.

Apesar da dificuldade de chegar no tom preto para a vela, elas deram um jeito. "Nem era questão de pensar, mas de obrigação", diz a designer. "A reação das meninas foi superlegal. É uma forma mais real de se sentir representada, ainda mais com mulheres gordas e pretas, que sofrem uma discriminação maior ainda."

Agora, elas estudam fazer o primeiro modelo da vela no formato de um corpo magro, mas inspirado nas mulheres reais, com dobrinhas e os peitos naturais.

Além das velas, elas produzem fotos e procuram modelos que tenham estrias, celulite e cicatrizes. "Isso importa para a gente e queremos mostrar", diz a fotógrafa. O casal escolhe as modelos vasculhando contas do Instagram, entram em contato e marcam um ensaio na casa da Isabela, onde também fabricam as velas. Após a sessão, dão de presente as fotografias e postam no Instagram da marca, sem mostrar o rosto.

"O nosso foco maior é o corpo. Muitas pessoas que aceitam ser fotografadas não querem mostrar o rosto. A gente preferiu que fosse tudo anônimo e inclusive evita pegar pessoas que sejam muito tatuadas para não ter a exposição", contou a Isabela.

Os s das modelos e das seguidoras deixam o coração das duas empreendedoras quentinho, por saberem estar fazendo bem o trabalho e no caminho certo. "Bom que conseguimos ajudar outra pessoa a se ver melhor no corpo."

A representação das mulheres gordas na arte como símbolo de beleza não aparece tanto se comparado a pessoas musculosas com definição de tanquinho. Esse padrão da estrutura física ideal prejudica a saúde emocional feminina ao tentar ser magra para ser linda. O casal querendo mostrar isso na arte, reconstruiu "A Criação de Adão", de Michelangelo.

A adaptação da obra de Michelangelo, "A criação de Adão", foi com a modelo Juliana Rangel - Isabela Catão - Isabela Catão
A adaptação da obra de Michelangelo, "A criação de Adão", foi com a modelo Juliana Rangel
Imagem: Isabela Catão

"Existem pessoas magras que são ruins de saúde e as gordas também, mas isso não é um parâmetro. O corpo gordo sempre foi refém disso, se você é uma pessoa gorda: está doente, não tem amor-próprio, está ando por alguma situação que não está sabendo lidar ou é descontrolada e come muito e enfim", afirma Thais.

Nesse processo de ajudar muitas mulheres gordas a olharem beleza no seu corpo, as duas começaram a se ver de modo diferente ao amarem mais o que veem no espelho. Elas questionam as ideias adas pela família e amigos sobre o quanto estar magra é bonito, como precisar parar de comer para ir à praia. Essas palavras machucam quem ouve ao invés de ajudar.

"Eu sempre fui uma pessoa magra e comecei a engordar agora na pandemia, para mim também é um processo de aceitação do meu corpo. Então, estou me aceitando junto com o nosso trabalho das velas. Eu faço as fotos das modelos e começo a ver que eu posso estar ali também, pois estou começando a aceitar mais o meu corpo", disse Isabela.

"É muito bom ter referências de corpos gordos perto da gente, ainda mais em relação à arte, pois é muito difícil de encontrar esse reconhecimento. Essa representatividade de mulheres gordas na arte", finaliza Thais.