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Cuidar da mente para uma vida mais harmônica


Doces, tablet, videogame: como reduzir risco de criança se viciar em algo

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Imagem: iStock

Flávia Santucci

Colaboração para o VivaBem

26/05/2021 04h00

Resumo da notícia

  • Genética pode influenciar no desenvolvimento de certos comportamentos
  • Entre os fatores principais para o desenvolvimento de vícios na infância estão falta de estímulos e influência de amigos e vida escolar
  • Estabelecer rotina é uma forma de reduzir os riscos das crianças se tornarem viciadas
  • Além do acompanhamento com o pediatra, ação de psicólogos e nutricionistas pode ser necessária para evitar alguns vícios

Manuela tem dois anos e em sua casa a TV é permitida apenas 30 minutos por dia. Isso só para dar tempo dos pais, a fisioterapeuta Fernanda Morettini e o engenheiro civil Renato Morettini, prepararem a menina para a escola. O casal ainda recorre à tecnologia para distrair a criança quando a irmãzinha Júlia, de três meses, precisa de alguma atenção especial. "Tem hora que a gente precisa que ela fique mais quietinha, aí ofereço o tablet ou a TV, mas não a de meia hora. Ela mesmo não aguenta ficar muito tempo, pois não está acostumada", diz a mãe.

O medo dela é que as filhas se viciem em tecnologia, por isso evita como pode o o das meninas às telas. "A gente fica muito no celular, ainda mais agora que o Renato está em home office e trabalha demais pelo celular. Também temos falado muito com os avós por videochamada, mas limitamos ao máximo o o da Manu às tecnologias. Oferecemos outras formas de brincadeira e não temos brinquedos tecnológicos em casa. Faremos a mesma coisa com a Júlia".

Ao que tudo indica, o casal está correto na maneira de agir. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), crianças de 4 anos devem ar, no máximo, uma hora em frente às telas de forma sedentária (ou seja, sem qualquer tipo de atividade física, apenas assistindo à TV, vídeos ou ainda se distraindo em joguinhos no computador). Para crianças de 2 a 3 anos, o ideal é um tempo inferior a 60 minutos, e bebês até 1 ano não devem sequer ter contato com telas.

O problema é que o tempo médio de consumo dos brasileiros é de 6h17, de acordo com o estudo Inside TV, da Kantar IBOPE Media. Enquanto a média diária mundial é de 2h55, por aqui o o é maior que o dobro. Fica difícil manter as crianças longe de tudo isso.

A origem do vício

Ainda de acordo com a pediatra Maria Amparo Martínez, coordenadora da pediatria do Hospital Nove de Julho, a genética pode influenciar no desenvolvimento de vícios e, por isso mesmo, a atenção deve ser redobrada se pais quiserem reduzir os riscos de seus filhos repetirem os mesmos comportamentos que tiveram quando criança. "Ela está relacionada com a epigenética, ou seja, a combinação de alterações na expressão genética sem a modificação na sequência genética, mas que afetam a atividade de um ou mais genes", diz.

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Pais devem colocar limites saudáveis para a utilização da tecnologia
Imagem: Getty Images

Influências ambientais, como dieta e exposição a poluentes, podem impactar no epigenoma e alterar a característica observável no organismo. Assim como alguns vícios (como o alcoolismo, por exemplo), câncer, distúrbios metabólicos e degenerativos, disfunção cognitiva e doenças autoimunes e neurocomportamentais também estão relacionadas com a epigenética.

A pediatra explica que os principais fatores de risco para o desenvolvimento de vícios na infância são histórico familiar, falta de assistência e educação adequada por parte dos pais, falta de estímulos e novidades, influência de amigos e vida escolar. "Crianças normalmente seguem modelos, espelham-se nos pais e em pessoas próximas. É essencial ter um ambiente familiar saudável durante a infância".

A falta de preocupação com alimentação saudável para a criança é outro fator de risco para o desenvolvimento de mais um vício: açúcar e alimentos processados e ultraprocessados. O problema aqui são pais que não se empenham em variar os alimentos ou em preparar comidas saudáveis e gostosas.

Desde que o Lucas, 2, nasceu, Giselle Cristina Lopes Rosanova e o marido Luís Felipe Minechelli, ambos fisioterapeutas, optaram por oferecer ao máximo alimentos naturais. Na casa deles não falta açúcar e junk food vez ou outra, mas longe do menino experimentar quaisquer desses produtos. "Cuidei muito para que ele tivesse uma boa alimentação até agora e pretendo continuar a cuidar para que ele goste de comida de verdade, saudável. Não quero que ele tenha esse prazer que eu tenho com açúcar. Prefiro que tenha preferência por comidas saudáveis", conta a mãe.

Assim como Lucas, a relação de Manuela com o açúcar é zero. E as mães, que são amigas e trocam muita informação sobre a educação dos filhos, pretendem seguir dessa forma até onde for possível. "Quando oferecem e ela fala não, acho ótimo. Óbvio que vai ter contato algum dia, mas enquanto a gente puder evitar ou oferecer dentro da nossa casa, melhor", diz Fernanda.

Lucas ganhou dois bolos no último aniversário e gostou mais do que não tinha açúcar. "Deixamos ele provar e acabou preferindo o que já está acostumado a comer. Algumas coisas ele pede, mas não é nada que eu considere ruim para a saúde dele. O que a gente tenta segurar mesmo é açúcar e alimentos industrializados. Tentamos fazer a comida dele em casa e o mais natural possível", revela Giselle.

criança_doce - iStock - iStock
A falta de preocupação com alimentação saudável para a criança é fator de risco para o desenvolvimento do vício em açúcar e alimentos processados
Imagem: iStock

Sem vícios

Uma forma de reduzir os riscos das crianças se viciarem em algo, segundo Rejane Macedo Campos, neurologista infantil do Hospital Israelita Albert Einstein, é estabelecer uma rotina. Limitar o tempo de exposição às telas é sim uma forma de manter a criança longe do vício em vídeos, redes sociais e outros estímulos. Refeições em família e alimentos saudáveis também colaboram para que fiquem longe de produtos industrializados. "Depende muito do perfil da família, mas é indicado estabelecer uma rotina. As consequências são diferentes, mas o consumo excessivo de açúcar, por exemplo, pode desencadear uma série de doenças, como obesidade infantil. Já o tempo de exposição às tecnologias além do permitido pode desencadear problemas na visão ainda na infância".

O psicólogo Marcelo Santos, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie em Campinas, aponta que os pais devem agir sempre se antecipando às situações e colocar regras toda vez que acharem necessário. "O exagero sempre leva a um problema. Pode ser um problema no desenvolvimento da criança, pode ser na saúde. Então todo e qualquer exagero pode levar a uma frequência de comportamentos não funcionais, como é o caso do vício. Os pais têm sim de ficar em alerta, a começar pela primeira infância, quando a criança começa a tentar entender as regras sociais, conhecendo tudo ao seu entorno". Segundo ele, essa fase é muito crítica para se colocar regras e limites. Mesmo que a criança queira esgarçar a paciência, este é o momento de se introduzir valores familiares, para que ela possa se desenvolver dentro dos padrões de regulagem de comportamento.

Com a atenção devida na educação da criança em todos os aspectos, sejam eles comportamentais, educação alimentar e transmissão de conhecimento e experiências, é possível evitar quaisquer tipos de vícios na infância, segundo Maria Amparo Martínez. "Se existe a observação dos comportamentos, os pais devem procurar ajuda profissional, caso não consigam resolver o problema e ele se estenda. Dessa forma, é importante o acompanhamento com o pediatra e, muitas vezes, é necessária a ação de outros profissionais como psicólogos, psiquiatras e nutricionistas".

Martínez destaca que sempre é ótimo proporcionar condições para a prática de esportes, pois ela libera substâncias que geram prazer e satisfação (como a dopamina e a endorfina), além de proporcionar atividades ao ar livre, pois isso promove a expansão corporal e emocional da criança. "Quanto mais repertório de vida os pais proporcionarem aos filhos, assim como mais proximidade, principalmente na adolescência, mais plenas e tranquilas as crianças ficarão. Nesse sentido, atividades em família, viagens, eios culturais e brincadeiras promovem segurança, conhecimento, experiências de vida e proximidade e, consequentemente, as crianças estarão mais tranquilas, felizes, plenas e seguras, e haverá menos chances de desenvolver qualquer comportamento vicioso".

Ainda segundo Martínez, se a criança deixa de brincar com outras crianças ou de estar com os demais membros da família para estar logada, é preciso intervir na mesma hora. "É importante que a criança perceba o que é a vida real e como as relações humanas e sociais são importantes e, por mais difícil que seja, os pais devem se mobilizar para participar mais da vida da criança e das coisas que são importantes para ela. Isso nunca deve ser menosprezado".