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Saúde

Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Baixa cobertura vacinal em adolescentes aumenta risco para meningites

iStock
Imagem: iStock

Danielle Sanches

Colaboração para VivaBem

14/07/2022 04h00

Em 2018, o cabeleireiro Ivan Claudio da Silva, 50, viveu o pesadelo de qualquer pai: perder o filho para uma doença grave. Gabriel Lima Silva, então com 13 anos, morreu de meningite após 23 dias de internação na UTI do Hospital Universitário em Jundiaí, município no interior de São Paulo.

No começo, lembra Ivan, os sintomas eram bastante inespecíficos, como dor de cabeça e febre —o que é bastante comum no quadro da doença. Isso acabou atrasando o diagnóstico, outra questão que também é frequente.

"Em uma semana, levei ele ao hospital cinco vezes", conta o pai, bastante emocionado ao relembrar a história. "Era sempre medicado para sinusite, mas ele não melhorava. Até que, na última vez, pedi para ele ser internado", afirma.

O diagnóstico só veio dias depois, quando um médico desconfiou do quadro e realizou um exame específico: checar a rigidez do pescoço, que fica evidente por causa da doença.

Gabriel e família - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Da esquerda para a direita, Ivan, Gabriel, Rose e Eduardo, respectivamente, mãe e irmão de Gabriel
Imagem: Arquivo pessoal

"Ele gritou de dor nessa hora e o médico falou que era meningite", lembra o pai, que afirma que pouco sabia da doença. "Não imaginava a proporção e a gravidade do quadro", diz.

Após a morte do filho, Ivan elaborou panfletos para alertar sobre a doença e distribuiu em cruzamentos pela cidade onde mora, em Várzea Paulista. "Quero que as pessoas saibam o que eu não sabia na época", afirma.

Doença tem casos considerados 'dramáticos'

A meningite é uma infecção nas meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. A doença pode ter causa viral, quando é considerada mais branda; e bacteriana, considerada mais agressiva.

Atualmente, são conhecidos 12 sorotipos do meningococo, o tipo mais frequente de bactéria que causa a doença. Mas nem todos causam doença e os mais frequentes são os tipos A, C, W, Y e B.

São os casos provocados por bactérias os considerados mais dramáticos e com maior risco à vida dos pacientes. Estima-se que 20% dos indivíduos infectados não resistam à doença; quem sobrevive corre risco de sofrer amputações importantes, já que a infecção compromete a circulação sanguínea e pode provocar a necrose das extremidades do corpo.

"É uma doença grave, com período curto de incubação e que tem uma progressão muito rápida, literalmente em questão de horas", explica a infectologista Rosana Richtmann, médica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

A letalidade da doença é maior em crianças pequenas, abaixo de um ano de idade; no entanto, os maiores transmissores da doença são os adolescentes e jovens adultos, que frequentemente têm colônias dessas bactérias na região chamada de nasofaringe (que engloba nariz e garganta) sem desenvolver a doença.

"Como esse grupo costuma ter hábitos de vida que facilitam a transmissão, como ter contato próximo com amigos, compartilhar copos e até cigarro eletrônico, isso aumenta o espalhamento da bactéria", afirma Socorro Martins, médica pediatra da Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba; e presidente do Comitê de Imunizações da Sociedade Paraibana de Imunizações.

O ideal, então, seria investir de forma enfática na imunização desse grupo para garantir um maior controle da doença. De acordo com o médico Daniel Jarovsky, pediatra, infectologista e assessor médico em imunizações do Grupo Fleury, a vacinação contra a meningite nesse grupo específico tem dupla função: proteger os adolescentes, que adoecem menos, mas não estão imunes; e impedir a circulação da bactéria, quebrando a cadeia de transmissão e protegendo pessoas que não podem se vacinar por alguma condição de saúde ou indivíduos em quem a vacina não tem uma boa resposta imunológica.

"Em países em que houve um investimento pesado na vacinação até os 19 anos, com no Reino Unido, a doença praticamente não aparece mais", afirma o especialista.

Imunizar adolescentes é desafio no mundo todo

Atualmente, o SUS oferece dois tipos de vacina contra a meningite: a meningocócica C, que combate a doença causada pelo sorotipo C, o mais comum no Brasil; e a ACWY, oferecida para crianças entre 11 e 12 anos (em regime de reforço ou dose única) desde 2020.

No sistema privado, a ACWY é oferecida para todas as crianças, que também podem optar pelo complemento com a meningocócica B, não oferecida no sistema público.

Gabriel, que morreu em 2018, havia completado o esquema vacinal em dia, mas recebeu apenas as doses de proteção contra o sorotipo C. "É muito triste saber que existe uma vacina mais completa, mas que ele não teve o", lamenta Ivan.

Gabriel, folheto - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
Após a morte do filho, Ivan fez um panfleto explicando a doença para distribuir na cidade em que mora
Imagem: Arquivo pessoal

"Eu não sabia que ela existia e, além disso, sei que é cara", afirma ele, que hoje luta para conscientizar a população sobre a importância da vacinação.

A dificuldade em imunizar adolescentes, no entanto, não é nova e não é só brasileira. No mundo todo há uma certa dificuldade em garantir que esses indivíduos recebam as doses de reforço que geralmente tomaram de forma regrada na infância —tanto da meningite como para outras doenças, como HPV e até para a covid-19.

"Alguns pais acham que não precisa, que a doença não existe mais porque de fato, vemos menos gente adoecendo, mas isso é por causa da vacinação", afirma Rosana Richtmann. "Por outro lado, os adolescentes também resistem porque se acham invencíveis, um comportamento próprio da idade", acredita.

Com a pandemia, esse problema se acentuou ainda mais. O resultado são coberturas vacinais baixas que colocam em risco todo o sucesso conquistado pelos anos bem-sucedidos de aplicação dos imunizantes.

"No caso da meningite, muitos pais nem sabem que a ACWY está disponível na rede pública", afirma Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), que é a favor da implantação de programas de vacinação de crianças e adolescentes nas escolas.

"Isso sem dúvida aumentaria a cobertura vacinal e de forma preventiva, antes do surgimento de qualquer surto, o que infelizmente é algo que poderemos ver com mais frequência no futuro se os índices continuarem baixos", afirma Ballalai.