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Ancestralidade é o foco da Japas, cervejaria criada por três amigas em SP

As criadoras da Japas Cervejaria, de São Paulo - Divulgação
As criadoras da Japas Cervejaria, de São Paulo Imagem: Divulgação

Caroline Marino

Colaboração para Universa

24/10/2021 04h00

Cerveja sempre foi um assunto que ultraa a mesa do bar entre as amigas Maíra Kimura, 41 anos, Yumi Shimada, 33 anos, e Fernanda Ueno, 34 anos. Tanto que a bebida acabou se tornando o próprio trabalho delas. As três atuam na área há alguns anos: Maíra e Fernanda como cervejeiras, e Yumi desenvolvendo rótulos para as receitas que produzem à frente da Japas, cerveja criada em São Paulo há sete anos e que hoje já tem produção nos Estados Unidos graças ao sucesso de criações que podem levar jasmim, pêssego, gengibre e até wasabi.

Apesar de muito certas sobre suas áreas de atuação, a decisão de fundar, juntas, uma empresa no ramo aconteceu quase por acaso, a partir de uma postagem no Instagram. "A Carol, uma amiga que fez parte do negócio no início, postou uma foto com a legenda 'Japas da Cerveja' e nos marcou. O post teve muitos comentários e decidimos, então, fazer uma cerveja para testar", conta Maíra. Produziram, então, 40 litros em uma a pequena com um ingrediente especial, o wasabi, raiz forte bastante utilizada na culinária japonesa, harmonizada com uma base de American Pale Ale.

"Queríamos aliar a cerveja com a nossa cultura. E o wasabi, por ser um ingrediente conhecido, foi o escolhido", conta Maíra. Com a bebida pronta, elas marcaram uma reunião com alguns amigos na casa de Yumi para beber. O resultado? Todos adoraram e questionaram o trio sobre por que não abriam uma cervejaria. Nascia ali a Wasabiru, o primeiro produto do grupo.

A ideia foi sendo fermentada pelo trio, até que receberam um convite da Cervejaria Nacional, em São Paulo, para produzir a bebida em um evento do bar. Foram 700 litros produzidos que acabaram em três dias. "Percebemos que tínhamos na mão algo especial e que podia, sim, virar um negócio". Foi aí que nasceu a Japas Cervejaria. Como não tinham a intenção de abrir uma fábrica, elas buscaram locais para fazer parcerias e atuar no estilo cervejaria cigana, que segue até hoje.

Com o de amigos e dos clientes, elas começaram a planejar o negócio e perceberam que tinham um diferencial interessante: eram algumas das poucas mulheres e, coincidentemente, também algumas das poucas descendentes de japoneses no ramo. Resolveram, então, se unir para, além de buscar suas origens, mostrar que mulheres podem e devem participar de ambientes que geralmente são considerados masculinos.

Queremos quebrar o estereótipo de que cervejeiro é um homem barbudo, barrigudo e branco, e abrir espaço para mais mulheres entrarem nesse ramo.

Maíra Kimura, sócia da Japas Cervejaria

Japas - Divulgação - Divulgação
As amigas e sócias da Japas Cervejaria
Imagem: Divulgação

Segundo Maíra, esse cenário está começando a mudar, com mais mulheres cervejeiras trabalhando em vendas e marketing, mas muitas ainda encontram um ambiente não muito amigável. "Normalizar a mulher nesse mercado é o que queremos ver."

Expansão

Apesar de não abrir números, a empresa vai muito bem. Em 2019, por exemplo, a Japas Cervejaria expandiu sua atuação, com o início de sua produção nos Estados Unidos, em parceria com a Beerternational. "Praticamente dobramos a produção de 2020 para 2021 lá", diz Maíra. Atualmente, a empresa está presente em nove estados americanos: Califórnia, Flórida, Maine, Massachusetts, Oregon, Michigan, Nova York, Rhode Island e Pennsylvania.

Ela acredita que o sucesso está relacionado ao fato de ter um propósito e um discurso muito claros. "Além de querermos aumentar o número de mulheres nesse mercado, estamos buscando a nossa ancestralidade, como descobrir a história de nossos anteados, dos nossos pais e avós, e levar isso para as cervejas", diz.

Todas as criações da empresa são resultado dessa busca e de como ela se relaciona com o Brasil. A série Maru, por exemplo, é uma homenagem aos navios que trouxeram os imigrantes ao país. Rio de Janeiro Maru e Sanuki Maru são outros dois rótulos e também os nomes dos navios que trouxeram as famílias do trio para o Ocidente.

Criatividade sem limites

Outro ponto importante na jornada é a criatividade. "As três são muito criativas e estamos sempre tendo ideias de novos projetos e produtos", diz. Durante a pandemia, por exemplo, elas abriram a Arigato, uma lojinha de presentes com produtos como camisetas, bonés, meias, adesivos e chaveiros. A marca também trouxe para o Brasil a bebida enlatada highballs —ou hiborus, em japonês. Trata-se de misturas de uísque com água gaseificada, muito comum no Japão. "Em uma viagem notamos como a bebida é popular por lá e resolvemos produzi-la no Brasil", diz.

Os planos para o futuro são muitos: ampliar o catálogo de produtos da cervejaria e da Arigato e, mais para a frente, abrir um pequeno bar para continuarem experimentando receitas.